A Evolução do Gathering: Do Doom Metal à Experimentação

Formado na pitoresca cidade de Oss, North Brabant, The Gathering é uma prova do poder duradouro da evolução na música. Inicialmente reconhecido por seu som doom metal atmosférico com fortes subcorrentes de death metal, seus primeiros anos os viram influenciados por grupos icônicos como Celtic Frost e Hellhammer. No entanto, este foi apenas o prelúdio para uma jornada notável de transformação musical.

Tal como acontece com muitas bandas, o som do The Gathering amadureceu e evoluiu. Seu quinto álbum, 'Como medir um planeta?' marcou uma mudança sísmica em direção a uma mistura cativante de shoegaze, post-rock e rock experimental. Eles abraçaram as qualidades etéreas das bandas 4AD, canalizando inspirações de Dead Can Dance, Cocteau Twins e os espíritos pioneiros do Pink Floyd e Massive Attack. Esse movimento ousado os viu adotar elementos de rock progressivo, rock alternativo e trip hop, ampliando seu apelo muito além das fronteiras europeias.

A saída de Anneke van Giersbergen em 2007 pode ter sinalizado um revés. No entanto, a natureza experimental da banda não vacilou quando eles deram as boas-vindas a Silje Wergeland (Octavia Sperati). Seu álbum 'Divulgação', lançado em 2012, cimentou ainda mais a reputação do The Gathering como alquimistas sônicos.

Embora a banda tenha decidido pausar suas gravações e turnês em 2014, sua influência permanece indelével. O show ao vivo do 25º aniversário com membros atuais e anteriores serve apenas para nos lembrar da rica tapeçaria que eles teceram na indústria da música. Quem sabe o que o futuro reserva? Mas uma coisa é certa: o legado do The Gathering perdura, um farol para aqueles que ousam evoluir no mundo do rock.